quinta-feira, 30 de julho de 2009

parti sem voz para encontrar
pelo que lutar
cai no chão que era um mar, vermelho dor
trombei um mundo com saudades de viver e rasguei o pano que cobria meus olhos.
virei a equina sem saber onde cheguei.
e que surpresa foi, quando sem nada acreditar
jovem rapaz de olhos molhados, diz-se deus.
sentado em pedras, desistira de tentar
a liberdade que faltou-lhe pra crescer.
dessa imagem tirei uma breve conclusão
não, mentira feia, não cheguei a concluir...
Mas decidi seguir tentando

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fogo de fumaça, cachaça de gole
o mundo vai correndo pro lado que não é
cruzo o viaduto laço uma favela
tem ave por aí querendo andar a pé

Nasco em frente à passarela
cheia de outras gentes
cabe em todo meu caminho
vida fome e fé
assembléia a cada esquina promentendo o céu
e o mundo vai andando pro lado que não é

convive na cidade, escondida por carros
um rio que não dá peixe, com cheiro vagabundo
e em passo por passo, o mundo se arrasta se dirigindo sempre
pro lado que não é

Já todo fim de dia o povo vai cansado
à casa que o espera, à vida que formou
à noite sonha que tem janta e que está empregado
o mundo está parado
ninguém sequer notou

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ainda não percebi se a greve me tirou ou me colocou em frente à realidade.