segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sem vida

De uma morte casual, morreu um amor acabado

atropela o orgulho, ao lixo foi-se a paixão
desesperado rapaz jogou-se ao vento deserto;
sozinho no vendaval, perdeu o dia e o brilho.
Era um sol invernado; por nuvens todo coberto,
mas aquecido, quem dera, era gelado por dentro
com peito cheio e vazio
de arrepio fez-se quieto
tormenta afora pudera torná-la pura e sombria.
A sombra diz que não era
o seu transtorno vadio
a água cobriu a favela, não tinha nem moradia.

E o rapaz morreu cedo, sem luz, amor, cama quente;
o vendaval o deixou casualmente sem vida.