quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Pajé E.T. 3/12/1996

Era uma vez um pajé que morava numa oca gigante e verde. O pajé era cheio de bolinhas amarelas e de verrugas roxas. Tinha quatro pernas, dois braços, duas cabeças e não tinha orelha, mas ouvia muito bem.
Certo dia o planeta Terra se cansou de tanto que o pajé brigava com os índios e declararam guerra. No dia da guerra, os índios pegaram lanças, flechas e arcos e o pajé pegou apenas jatinhos de água. Começou a guerra. Os índios jogavam as lanças e atiravam as flechas e o pajé atirava água pensando que ia acabar com as lanças e flechas.
De repente a água do pajé E.T. acabou. Os índios pararam de atirar e o pajé E.T. desceu da oca. Quando chegou perto dos índios foi aplaudido por ter com seus jatos de água limpado toda a Terra e regado as plantações.
E assim acabou a guerra e o pajé e os índios ficaram amigos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

dor de amor?
que tolice, puta tempo perdido!

tanta coisa pra doer e vai doer logo o amor...
não sabe amar sem sofrer?

não dá?
já tentou uma vez sem querer,
por querer
por acaso
engano, sei lá?

já.

e não deu?
que pena, amor sem dor é quase que não existe, mas dizem que sim e eu acredito
não, nunca tive, mas melhor acreditar que ficar sentindo saudades de amar
e fingir que é da dor
Admito que às vezes a dor me faz falta
claro que não quero vivê-la, não é isso

dá pra explicar?

não sei, dá?

dá sim, porque eu dizia sobre a dor de amor, que acima ocultei.
dor de amor faz falta
dor de amor me causa
me arrasta, infesta, devasta, treme
e isso me faz falta
às vezes

dor de amor é tardia, é presente, destino dado, mal pago
é tão linda...
a dor do amor me escreve em mim
se enrosca em mim, acolhe todo o sofrimento nela só

dizem que ela inspira, respira, repete
suspira como nunca.

é, dor de amor, que saudades...