terça-feira, 24 de agosto de 2010

E é tanto que penso em estrada
e nela nem mais eu tô
faz falta essa disgramada
ela que quer chegar
e que quando chega tem mais
porque a bendita nunca acaba

IÊS
Quero sair pelo mundo
de olhos vendados pro medo
e bem apertos para o prazer
E como é possível tal desejo?
um descoberto e um tapado?
Ou filtro o que não almejo...
pouco fácil
E onde diabos será que eu me perdi? Ou que seja apenas um pedaço desintegrado de mim que um dia sem avisar saiu pela madrugada sozinho e me abandonou. Maldito, puta sacanagem. Agora prepare-se pedaço, partirei em busca com único objetivo: trazê-lo de volta e uni-lo a mim. Pode ter outro formato ou consistência, não me importo, vai encaixar, vai caber. Tudo cabe.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E hoje
quem é que eu sou?
Sou criança desgarrada,
adulta na caminhada,
senhora da minha vida
ainda tão pouco traçada
graças a deus
eu diria
e eu peço todos os dias
que não me amarre o destino
que não me faça uma só
com tanto caminho e
estrada

domingo, 22 de agosto de 2010

em viagem

Saio de minha cidade
ainda buscando as asas
acho, perco, reacho
encontro-me num riacho
perco-me lá no morro
inspira um pôr do sol
até que nada me prenda
e eu saiba rimar
liberdade
Rima fácil e complicada
que flutua e cai
levanta vôo e pousa de novo
me adormece e me desperta assustada
aí tem vez que é pesada a tal
que me pesa mais que a carga
mas peso bom de se levar
que vale a dor que me traz
os ombros querem ir embora
e a mochila quer ficar