fui lá e abri
não pensei, hesitei, pisquei, nem nada
fui lá e abri a porta
entrei sem olhar, pesquisar, espiar
só entrei
então quando lá eu estava no primeiro segundo, instante
gritei até não ouvir nada
dancei
acompanhando o grito
dancei até cair no chão
lá dentro,depois da porta
no chão, já sem gritar,
eu dormi
dormi dançando
e não me perguntem como,
provavelmente sonhava com o grito
que ainda há pouco me fizera surda
de passo em passo, no sonho gritante
encontrei um porta
abri
entrei
gritei
dancei
dormi
sonhei
com uma porta
quinta-feira, 7 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
USP- Praça do Relógio- Lua Cheia Alucinógena.
16/06
Dejavu
eu já vi
uma vez
igual essa
nunca
vi igual
sempre
igual
e diferente
pros mesmos
a mesma coisa
mesmo
pros outros
as mesmas
outras coisas
mesmo
assim
tudo igual
pra mim
de já visto
Dejavu
eu já vi
uma vez
igual essa
nunca
vi igual
sempre
igual
e diferente
pros mesmos
a mesma coisa
mesmo
pros outros
as mesmas
outras coisas
mesmo
assim
tudo igual
pra mim
de já visto
às 3:37h, dia de bebedeira
e hoje eu nem mais lembrava
retiro-me da sala
censuro-me ao cantar
aí,
nem sou mais eu
aí,
nem sei mais ser
eu
que seja
e deseja
um lugar na sala
não mais
retiro-me da sala
censuro-me ao cantar
aí,
nem sou mais eu
aí,
nem sei mais ser
eu
que seja
e deseja
um lugar na sala
não mais
quinta-feira, 28 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
do diário de viagem, 07/10/2010- Alter do Chão, Pará
Essa música me transporta para outro mundo, não sei, arranca-me daqui, leva-me ao céu e me apresenta às estrelas. Comprimentamo-nos, adimiro-as de tão perto que parece que não é. Então vem a Lua, da qual não ouso me aproximar, mas mesmo mantendo certa distância faço sombra nela, assim parte de mim a alcança.
Acendo um cigarro pra impressionar, bolinhas de fumaça se perdem no espaço até onde a vista chega e a vista vai longe, mas quase imediatamente volta-se outra vez pra Lua. A música não pára, chama-me a continuar, dá asas, faz-me leve como a fumaça perdida.
Vou flutuando de costas para não deixar de olhá-la e a Lua me diz adeus, como se não fossemos mais nos encontrar, mas comigo penso que a música não cessa e pra lá sempre me levará.
Divagação sobre o estado da minha alma elevada. Minha alma que é tão capaz de amar sem corpo, tão capaz de sofrer sem choro. Tão real de dia e nos sonhos.
A alma que às vezes escapa, escorre de mim, abandona o eu corpo, parte sem dizer pra onde ou quando a volta será. Ele fica sozinho a espera do retorno. Retorno mais pleno, mais cheio de ar e leve como nuvem que já choveu, grávida que já pariu, desculpa que tem perdão, leve como um amor finalmente declarado. E para ser menos poética; uma boa nota recebida, depois de nada estudar. A solidão pós multidão, o suspiro depois da subida, o ar depois de desfeita a briga.
E meu corpo agradece o sumiço, desfeito do cansaço e do peso que até então o entorpecia e o fazia andar torto, sem asas, gelado por dentro e por fora.
Então me padeço pelo corpo que não deixa a alma passear, o corpo sem fé no retorno.
Acendo um cigarro pra impressionar, bolinhas de fumaça se perdem no espaço até onde a vista chega e a vista vai longe, mas quase imediatamente volta-se outra vez pra Lua. A música não pára, chama-me a continuar, dá asas, faz-me leve como a fumaça perdida.
Vou flutuando de costas para não deixar de olhá-la e a Lua me diz adeus, como se não fossemos mais nos encontrar, mas comigo penso que a música não cessa e pra lá sempre me levará.
Divagação sobre o estado da minha alma elevada. Minha alma que é tão capaz de amar sem corpo, tão capaz de sofrer sem choro. Tão real de dia e nos sonhos.
A alma que às vezes escapa, escorre de mim, abandona o eu corpo, parte sem dizer pra onde ou quando a volta será. Ele fica sozinho a espera do retorno. Retorno mais pleno, mais cheio de ar e leve como nuvem que já choveu, grávida que já pariu, desculpa que tem perdão, leve como um amor finalmente declarado. E para ser menos poética; uma boa nota recebida, depois de nada estudar. A solidão pós multidão, o suspiro depois da subida, o ar depois de desfeita a briga.
E meu corpo agradece o sumiço, desfeito do cansaço e do peso que até então o entorpecia e o fazia andar torto, sem asas, gelado por dentro e por fora.
Então me padeço pelo corpo que não deixa a alma passear, o corpo sem fé no retorno.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
feliz de mim que vagueio sem lar.
sou vadio
imenso, solto no peito
coração a pulsar no mundo
vagabundo de bar em bar
sempre falando no amor
entregue a tudo
perdido na solidão
achado na multidão
azul de dia
vermelho na noite
ah noite, não acabe
à noite se abre
e tudo deixa entrar
arrependimento?
não é o coração
e amanheço úmido de amor
sou vadio
imenso, solto no peito
coração a pulsar no mundo
vagabundo de bar em bar
sempre falando no amor
entregue a tudo
perdido na solidão
achado na multidão
azul de dia
vermelho na noite
ah noite, não acabe
à noite se abre
e tudo deixa entrar
arrependimento?
não é o coração
e amanheço úmido de amor
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