quarta-feira, 30 de março de 2011

dizem ser
dois mil e onze
duvido dos anos, duvido
das datas. não acredito,
não recomendo, não remendava com nada
mais. sem saber ou sabendo demais. serei mais que um
sem querer
sumirei
sem contar
serei
O mínimo;
não o aceito
não o permito
não o aguento
é um vazio,
é um tormento
o mínimo
é menos que pouco
é sem aumento
é sem deleite
é só contrato
o mínimo
é absoluto
nada

segunda-feira, 14 de março de 2011

feliz de mim que vagueio sem lar.

sou vadio
imenso, solto no peito
coração a pulsar no mundo
vagabundo de bar em bar
sempre falando no amor
entregue a tudo
perdido na solidão
achado na multidão
azul de dia
vermelho na noite

ah noite, não acabe
à noite se abre
e tudo deixa entrar

arrependimento?
não é o coração
e amanheço úmido de amor
e o que se faz quando o amor se entrega
ao destino,
não mais aos destinados
então é
"seja o que deus quiser"
que a vida leve
e o vento traga
ou seja breve
assim não estraga
ou seja longo
e nunca morra
e seja solto
pra não cansar

e ainda louco
pra sempre amar