quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ao fim da minha temporária de muito tempo, alienação (espero)
E o vento, que eu desejava
que levasse todos meus mal agouros
apenas me sopra pra longe
no meio termo do alívio
Por isso sou sempre cercada por angústias
do meu mundo e do de todos nós;
lugares distintos, mas semelhantes

é tão difícil não escrever do amor
quando é ele quem corre todos os meus sintomas

Infelizmente tem muito mais que amor no mundo
temos antes, as bolsas que sobem e caem
tomando a atenção do morrer de fome
as ruas que se enchem d'água
pelos bueiros cheios, sujos
e cidades mal pensadas e administradas

Então agradeço ao vento
por não me levar os mal agouros,
seria fácil e confortável,
mas além de tudo
Desumano

Minha alma aqui permanece
quando o corpo descansar
porque por menor que seja o amor no mundo
eu o amo ardentemente
amo-o severamente
e não o deixo nunca mais

5 comentários:

Lia disse...

não sei corrigir depois de "postado", então seria:
bolsas que sobem e caem

Unknown disse...

Liinha do meu coração...
Você é uma artista!
(Eu já sabia desde que você confeccionava seu próprio sapato de folha).
Vou vir mais vezes catar limão.

Lucas Pernambuco disse...

bobinha, vai em editar postagens. Aí é que nem email do gmail, clica na postagem e manda brasa.

Lia! Só elogios a tudo isso (como se as músicas e poemas não bastassem). Tá ganhando uns fãs aqui entre os barões geraldenses. Um beijo grande, morro de saudades

Lia disse...

obrigada pela dica namuras. chamei seus pais hoje para irem no show do Pitanga, espero que eles apareçam!

ana beatriz disse...

"E o vento, que eu desejava
que levasse todos meus mal agouros
apenas me sopra pra longe
no meio termo do alívio
Por isso sou sempre cercada por angústias
do meu mundo e do de todos nós;
lugares distintos, mas semelhantes"
Tão eu, você e todos nós.