Um dia imaginei um ser imaginário
intermitente, enquanto real.
Tinha mãos, rosto, um nariz
sofria com a insônia
e vez por mês, perdia as estribeiras
Minha imaginação plantou-lhe castanhos cabelos.
uma boca bem feita, pela qual sou quase desesperada,
belos olhos intensos e um sorriso que me arrepia a alma
Um dia imaginei um ser imaginário
de toque sedutor.
às vezes meu ser se vai
e tento em vão imaginar outros iguais,
é impossível
Meu ser passeia pelas noites e mesas de bar
chora, vez por mês.
Quando nos encontramos
conta-me sobre os mares e a música
os quartos por onde dormiu,
braços nos quais esteve
Mas é enroscada no meu abraço
que soa como canção aos meus ouvidos cansados
e brota, mudando tudo, em sonhos desencantados
Um dia imaginei um ser inventado
mas que já fora antes, por muitos, imaginado.
Pois ainda não descobri se é flor ou mulher
a minha querida;
o meu ser imaginário
braços nos quais esteve
Mas é enroscada no meu abraço
que soa como canção aos meus ouvidos cansados
e brota, mudando tudo, em sonhos desencantados
Um dia imaginei um ser inventado
mas que já fora antes, por muitos, imaginado.
Pois ainda não descobri se é flor ou mulher
a minha querida;
o meu ser imaginário
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