terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Lucia

Acordava e de pronto as notas já me invadiam
e eu fugia por entre os meus cômodos
mas as benditas ainda insistiam
tinha os ouvidos exaustos
e o silêncio de nada valia

A verdade é que nem conheci o silêncio
ou então era ele quem não me conhecia
só sei que vivi com a música
e dela eu nunca escapei
acompanhou-me por todos os números de pautas da minha história
por inúmeras vezes quase enlouqueci
Cheguei a chegar num ponto que não restando o que fazer
passava as noites acordada
tentando em vão não ouvir nada
e pela falta de opção cantava meu triste pranto
e chorava em semitons

quando por fim dormia
ninava minhas canções
acostava-me e de pronto as notas me interrompiam


( A Lucia, não fui eu quem criou, o poema sim)

Um comentário:

leo disse...

é como dizem: a mãe é quem cria
o Pai da Lucia é o silêncio
sem ele ela não exitia(Ria)

(Ria) Lia

O poema é autonomade

e o sono silencioso é fantasia

bjs e feliz zeronove do leo