terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Certa vez passou-se comigo coisa fora dos padrões. Andava por aí um tanto desmantelada, desacordada, não olhava mais para frente, nem para trás, apenas "secava" o chão. E não é que aconteceu o improvável: apaixonei-me por uma espirro! Mais que isso, por uma assoada de nariz.
Imagino que o leitor deva achar raro sentir o que eu senti por algo tão desamoroso. O fato é que foi assim, e disso já não posso me livrar. Mas não pensem vocês que foi quaisquer assoadas que assistimos pelas ruas, pelas casas e pelo mundo inteiro a fora. Encantou-me o ruído estrondoso e desavergonhado, não posso mentir e dizer que sim, que acho um barulho agradável, afinal quem é que não prefere qualquer nota musical? foi exatamente isso, o que era já deveras atraente, no caso a própria moça e não seu doce resfriado, ficou ainda mais ao lado daquele assôo.
Um assôo envolvente, perdição de todos os meus dias seguintes.

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